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sexta-feira, 29 de julho de 2011

O que você faz para se motivar no trabalho?

Por: Daniela do Lago *

A chave para motivação bem sucedida é o envolvimento individual. Isso significa unir as metas pessoais dos funcionários às da empresa.

Bilhões são gastos com motivação todos os anos. São brindes, placas, troféus, prêmios e, naturalmente, bônus em dinheiro para os melhores da empresa. Mas, o que é de fato motivação?

É ter um "motivo para ação", é pessoal, intrínseco e intransferível. Este motivo está dentro da sua cabeça e do seu coração, portanto seus motivos são abstratos, só têm significado para você e esta é a razão pela qual é algo tão especial.

O grande problema é definir os motivos verdadeiros, o que realmente você quer, o que te move para ação, para assim dar significado ao seu dia a dia.

Ela está sempre presente. Não existem pessoas desmotivadas. A grande questão é: como obter mais motivação nas áreas em que desejamos? Como nos tornarmos – e os que estão próximos a nós – mais estimulados a buscar realizações profissionais?

Como então conseguir mais motivação no trabalho? A chave para motivação bem sucedida é o envolvimento individual. Isso significa unir as metas pessoais dos funcionários às da empresa. Para vencer no trabalho, todos nós devemos criar uma metodologia em que as pessoas e o negócio estejam intimamente ligados para crescer juntos, com metas comuns ou compatíveis.

Para isso, será necessário fazermos 2 perguntas:

1 – O que há aqui para mim?

2 – Por que devo fazer isso?

Quando as pessoas perguntam: "Por que devo fazer isso?" ou "O que há aqui para mim?", estão tentando se motivar. Estão querendo dizer "Chefe, preciso de ajuda", "Deixe-me entender melhor o propósito deste trabalho", "Quero ser motivado!"

Será que seu chefe está aberto para responder estas perguntas?

Agora não vale colocar a culpa somente no seu chefe (lembre-se que a motivação vem de dentro). Confesso que conheço alguns profissionais que estão desmotivados no trabalho, passam o dia reclamando do trabalho e dos problemas mas quando são questionados, nem sequer sabem o que realmente querem e esperam do trabalho.

E você, sabe o que realmente quer do seu trabalho?

Portanto, pare agora, pense e avalie até descobrir a essência de seus motivos. Se você já descobriu o seu motivo verdadeiro então agora dedique a sua vida para conquistá-lo e só assim poderá dizer que é uma pessoa motivada!

* Daniela do Lago - com mais de 12 anos de atuação na área de recursos humanos, é mestre em administração com foco em Comportamento Organizacional pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul. Tem MBA em Marketing pela FGV e Bacharel em Administração pela Fundação Santo André. É palestrante e autora de diversos artigos acadêmicos publicados em congressos e revistas. Atua como Coach Executivo e Life Coach, com formação internacional em nível sênior pelo Integrated Coaching Institute (ICI). É professora dos cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas.
Fonte: Portal Administradores

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Energia solar pode reduzir consumo elétrico em até 17%.

O Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo. E esse padrão deve ser mantido, mesmo com o desenvolvimento econômico previsto para os próximos anos. Para isso, o Governo Federal incentiva projetos de energia solar para aquecimento da água, aproveitamento dos ventos, da biomassa e das ondas do mar.

“É importante montar estratégias de consumo energético que também contribuam para mitigar as emissões de gases de efeito estufa, mantendo o crescimento econômico”, observa o secretário de Mudanças Climáticas do MMA, Eduardo Assad.

As alternativas energéticas à produção são importantes para evitar o aumento da participação das fontes fósseis de energia. O esforço nacional é chegar a 2020 com o mesmo padrão de emissões de 2005. “Há potencial de redução do consumo de energia elétrica em até 17% nos horários de pico, com aquecimento da água do banho por energia solar. Estamos buscando esse caminho”, afirma Eduardo Assad.

Opções populares – Por meio da Portaria 238, de 21 de junho de 2009, o MMA criou um grupo de trabalho para incentivar o uso de Sistemas de Aquecimento Solar de Água, incluindo os conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida.

A meta estipulada é de 15 milhões de m² de áreas com coletores solares até 2015. Hoje são 6,24 milhões de m². “Para tanto, as linhas de atuação são políticas públicas que incluam gestões junto a programas governamentais como o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além do foco na criação de ‘empregos verdes’ e inovação tecnológica, por exemplo”, explica o secretário.

Já foi alcançada a primeira meta de 40 mil unidades habitacionais com os sistemas de aquecimento solar. Para a segunda fase, deve se atingir outras 260 mil. “Acho que os coletores solares para aquecimento de água são viáveis, e podem reduzir o consumo de energia elétrica, com bom resultado na conta de luz”, diz Assad. “O Minha Casa Minha Vida é um programa que está adotando a energia solar, e o Fundo Clima está apoiando. Na área de inovação tecnológica também. Sem ciência e tecnologia, o País não cresce.”

O secretário enfatiza a importância da conscientização, que é uma das soluções, aliada a fortes campanhas educativas, além da apresentação de projetos factíveis. “E a energia solar é fundamental.”

Infraestrutura – O Ministério do Meio Ambiente firmou contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a aplicação de R$ 233.727.463,00 previstos no Orçamento da União, por meio do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, para incentivar a economia de baixo carbono no País. As primeiras chamadas públicas e editais já foram publicados.

O BNDES vai operar linhas de crédito reembolsáveis a governos, empresas públicas ou privadas para a redução de emissões de gases-estufa e também de adaptações a situações provocadas por mudanças climáticas. Entre os temas prioritários estão projetos para a geração de energia renovável.

Há previsão para o desenvolvimento tecnológico e cadeia produtiva de energia solar para todo o Brasil. Mas, especialmente para as regiões sem acesso ao sistema integrado de energia elétrica (como áreas do Norte, Nordeste e Centro-Oeste), existem recursos a serem liberados para geração e distribuição local de energias eólica, de biomassa e marés.

“Existem no Fundo Clima dois tipos de financiamentos: não reembolsáveis e reembolsáveis. No primeiro tipo, serão estimulados estudos de potencial de utilização e incentivo à busca de novos materiais, incluindo a geração de energia por células fotovoltaicas (onde a energia solar é transformada em energia elétrica). O segundo incentiva a ampliação do uso de coletores solares, principalmente para aquecimento de água”, detalha o secretário Assad.

O Fundo Clima possibilita, inclusive, acesso a crédito para indústrias que invistam na compra de máquinas e equipamentos de melhor eficiência energética. E ainda para o setor de energia com uso de resíduos sólidos nas 12 capitais metropolitanas que sediarão os jogos da Copa do Mundo em 2014.

Sustentabilidade – Um dos maiores desafios do planeta é o desenvolvimento com sustentabilidade. Estudos científicos indicam um limite de aumento de 2° C na temperatura mundial. “A partir desse patamar, será muito difícil voltar à situação de, por exemplo, 350 ppm de CO² na atmosfera. Hoje estamos chegando a 400 ppm. O limite seria algo próximo de 450 a 500 ppm”, enfatiza Eduardo Assad.

Os reflexos poderão ser reduções na produção agrícola, aumento da vulnerabilidade das regiões costeiras e mais riscos de desastres naturais, com consequente impacto na saúde. A meta é deixar de emitir até 1,2 bilhão de toneladas de CO² até 2020, com reduções de até 38%.

O secretário, que há 25 anos trabalha com mudanças climáticas, afirma que os impactos ainda são controláveis, mas já se observam eventos extremos de temperatura e de chuva, que podem estar diretamente influenciados pelo aquecimento global.
Fonte: MMA

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Incêndio em prédio de luxo em Campo Grande expõe falhas que arriscam a vida dos moradores.

Diversas irregularidades foram constatadas pelo Corpo de Bombeiros durante o incêndio que ocorreu na noite de quinta-feira (14), no Condomínio Jardins do Jatobá, área nobre de Campo Grande, informou o comandante do Corpo de Bombeiros, Ociel Ortiz Elias.

Um apartamento do 17° lugar de uma das torres do residencial foi incendiado por conta de um problema elétrico no aparelho do ar condicionado. Parte do local ficou totalmente destruído. O prédio de luxo, construído pela Plaenge, fica na Avenida Afonso Pena, em frente ao Shopping Campo Grande.

Apesar da agilidade do Corpo de Bombeiros, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e PM (Polícia Militar) para isolar o local e minimizar o pânico dos moradores, os socorristas tiveram um atraso para apagar o incêndio.

“O registro do reservatório que abastece os hidrantes e mangueiras de incêndio estavam fechados, o que é irregular. O descuido provocou atraso de pelo menos três minutos no trabalho dos militares. Tempo que é ‘considerável’ em relação a uma situação sem controle, como um incêndio inesperado”, explicou o comandante em entrevista ao Correio do Estado.

Ele explica que toda construção de grande porte é obrigada a manter uma caixa d’água específica para o sistema de combate aos incêndios e o registro não pode ser mantido fechado, como no caso do Condomínio Jardins do Jatobá. Por conta deste risco, a administração do local vai receber uma notificação.

Além disso, o sistema de segurança do residencial não foi renovado. O Alvará de Prevenção a Combate a Incêndio e Pânico deve estar em dia, para isso uma equipe específica do Corpo de Bombeiros deve fazer uma fiscalização no local, para assegurar que todas as medidas estão sendo feitas. Medida considerada padrão, que não foi respeitada.

Equipes da Perícia Técnica estiveram no local esta semana para fazer imagens do local, após o incêndio. O caso foi registrado no 1° Distrito Policial da Capital e deve ser investigado para saber de quem foi a responsabilidade em “atrasar” o serviço do Corpo de Bombeiros, que tiveram que procurar pelo registro, uma vez que os funcionários do condomínio também não tinham conhecimento.

Caso

No dia do fato, as chamas começaram com um curtocircuito no ar condicionado de um dos apartamentos. O fogo logo se espalhou e assustou os vizinhos, que desceram às pressas enquanto militares subiam para conter as chamas.

Testemunhas relataram que muita fumaça saía pelas janelas do apartamento atingido. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. O apartamento onde as chamas começaram a se propagar ficou parcialmente destruído.

Para apagar o fogo, os bombeiros colocaram pressão na rede de hidrantes do próprio condomínio. Após controlarem as chamas em pouco mais de 15 minutos, foi feito ‘rescaldo’ do local para evitar que novos focos de incêndio surjam.

Com o incidente, o trânsito na Avenida Afonso Pena, no sentido centro-shopping, ficou fechado. Uma longa fila de carros se formou e causou lentidão nos dois sentidos da principal Avenida de Campo Grande.
Fonte: MidiaMaxNews

terça-feira, 26 de julho de 2011

Assalto em local de trabalho não garante indenização a empregado.

Dois empregados da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) – responsável pela limpeza urbana e outros serviços de conservação na cidade serrana – não conseguiram o direito à indenização por danos moral e material.

Os trabalhadores foram vítimas de um assalto nas dependências da empregadora. A ação previa indenização de 200 salários mínimos, além do custeio de despesas médicas com tratamento por estresse pós-traumático até os 65 anos de idade.

O fato aconteceu na madrugada do dia 31 de outubro de 2008, quando o local foi invadido por assaltantes. Armados, os criminosos renderam um vigia e um motorista em serviço e roubaram dois caixas eletrônicos do Banco do Brasil, instalados na empresa.

O pedido foi julgado improcedente pela 2ª Vara do Trabalho de Petrópolis, com a fundamentação de que não houve nexo de causalidade entre o evento ocorrido e a responsabilidade do empregador, não podendo ser imputada qualquer culpa à ré.

Esse entendimento foi mantido em 2ª instância, onde a desembargadora Edith Maria Corrêa Tourinho, relatora do recurso ordinário interposto pelos trabalhadores, afirmou que a segurança pública é dever do Estado e não do empregador e o nexo causal não restou comprovado. A magistrada ressaltou que "a obrigação de indenizar está condicionada à existência de prejuízo decorrente de ato ou omissão de determinado agente e, justamente nesse aspecto, se conclui que não há elementos nos autos para que se estabeleça a responsabilidade da ré".

Ainda segundo a relatora, a aplicação da teoria da responsabilidade objetiva – segundo a qual a obrigação de reparar o dano existe independentemente da culpa que possa ser atribuída ao responsável pela reparação – somente é cabível quando a atividade normal da empresa caracterizar-se como perigosa.

"No caso dos autos, restou demonstrado que o assalto tinha por finalidade subtrair caixas eletrônicos que sequer pertenciam à empresa. Cabe ressaltar que além de assalto à mão armada consistir em caso fortuito, derivado de ato de terceiro, não se pode imputar culpa à ré sob a alegação de que esta não adotou medidas necessárias à prevenção do incidente, porquanto não se trata de fato que pudesse ser previsto ou evitado", concluiu a desembargadora.
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 1ª Região Rio de Janeiro

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Projeto obriga empresas a contratar técnicos de segurança.

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 469/11, do deputado Onofre Santo Agostini (DEM-SC), que obriga toda empresa a contratar técnico de segurança do trabalho, com o objetivo de promover a diminuição de acidentes.

Pelo projeto, as empresas com 51 a 100 empregados deverão contratar pelo menos dois técnicos; e com 101 a 200 empregados, três técnicos. Acima de 200, deverão contratar um técnico de segurança adicional para cada grupo de 150 empregados.

Se o projeto for aprovado, as empresas terão prazo de 180 dias para cumprir a norma.

Lucratividade

O deputado diz que é imenso o número de acidentes de trabalho verificados no Brasil, principalmente em empresas de pequeno e médio porte.

Segundo ele, o projeto não vai afetar a lucratividade das empresas. "À primeira vista, pode-se pensar em um acréscimo de custo. Mas, apesar do primeiro impacto na folha de pagamento, estatísticas da Previdência Social comprovam elevado gasto de recursos em razão de afastamento por acidente de trabalho", afirma.

Ele cita também a perda de lucros que a empresa sofre em razão dos dias não trabalhados pelo funcionário afastado. "A contratação de profissional preparado para prevenir esse infortúnio é a melhor forma de reverter esse grave problema nacional. As ações preventivas, quando administradas por profissional competente, não chegam a significar 10% da despesa realizada por ações curativas, tanto pelo lado produtivo quanto na perspectiva de uma vida mais saudável e equilibrada para os trabalhadores", sustenta o deputado.

Atualmente, a segurança no trabalho está a cargo das comissões internas de prevenção de acidentes (Cipas).

Tramitação

A proposta foi apensada ao PL 4317/01, do Senado, que altera a composição das Cipas. Os projetos serão analisados em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Por que algumas pessoas são persuasivas e outras não?

A pergunta acima foi o ponto de partida da entrevista com Marcos Menichetti, professor universitário nas áreas de comunicação e marketing, para a revista Administradores. O assunto rendeu tanto que decidimos publicar, na íntegra, aqui no site, o depoimento completo do especialista, que ministra cursos sobre persuasão e expressão oral e atua como docente/consultor do Atendimento Corporativo do Senac-SP, na Unidade 9 de Julho, nas áreas de Vendas, Marketing e Atendimento ao Cliente.

A seguir, Menichetti lança luz sobre os mistérios que envolvem a persuasão e mostra que não é tão difícil assim dominar essa arte.

Por que algumas pessoas conseguem ser extraordinariamente persuasivas e outras não?

Para entender qual a diferença entre uma pessoa persuasiva e outra, é preciso antes entendermos os mecanismos da persuasão. Muita gente acredita erroneamente que persuadir é sinônimo de convencer. Mas o único ponto em que convencer e persuadir se encontram é na intenção talvez até mesmo inata do ser humano de buscar influenciar o outro (amigo, família, parceiro, filhos, colegas de trabalho, etc.). A partir daqui, o interlocutor pode tomar duas estradas distintas: a que leva a influência para o campo da emoção e fala à vontade do outro (persuadir) e aquela que leva à condução de certezas, no campo da razão.

Convencer é construir algo no campo das ideias. Quando convencemos alguém, esse alguém passa a pensar como nós. O termo "convencer" (cum+vincere = vencer o opositor) seria, tecnicamente, dissuadir o público com provas lógicas indutivas (exemplos) ou dedutivas (argumentação). É derivado da palavra vencer: a pessoa convencida foi antes de tudo "vencida" por uma argumentação. Assim, a pessoa convencida pode ou não agir de acordo com as ideias de quem lhe convenceu.

Por outro lado, quem foi persuadido, mesmo não concordando inteiramente com seu persuasor, acaba fazendo o que este lhe pediu, de livre e espontânea vontade. Persuadir é construir no terreno da ação: quando persuadimos alguém, esse alguém realiza algo que desejamos que ele realize.

A palavra persuadir vem do latim persuadere, que significa aconselhar ou "levar a uma opinião", e pode ser definida como a arte de apresentar argumentos apelando para a emoção do interlocutor com o objetivo de conseguir sua adesão.

O ato de persuadir, por sua vez, procura atingir a vontade, o sentimento do interlocutor, por meio de argumentos plausíveis ou verossímeis. Tem caráter ideológico, subjetivo, temporal: o primeiro (convencer) conduz a certezas, ao passo que o segundo (persuadir) leva a inferências que podem levar o interlocutor ou o público – ou parte dele – à adesão aos argumentos apresentados. Em vários momentos da nossa vida usamos um ou outro caminho milhares de vezes em nossos relacionamentos. E talvez até por isso mesmo não fazemos a distinção a priori entre convencer e persuadir. Mas quando ouvimos um discurso de líderes de peso - como Martin Luther King, Gandhi, Mandela e no caso do Brasil, o nosso ex-presidente Lula, por exemplo - passamos a perceber com clareza quem fala à razão e quem fala à emoção, aos sonhos, à liberdade, etc.

Isso também ficou claro na campanha presidencial de Barak Obama: entre outras coisas, o "yes, we can" (sim, nós podemos) falou claramente à emoção de cada um dos norte-americanos: nós podemos qualquer coisa (ser felizes, ser prósperos, sair da crise, etc.). Cada um completa a frase com aquilo que mais sonha, mais deseja. Obama falou à Vontade e à Emoção de cada um. O slogan, extremamente poderoso e mobilizador, parece ter saído do início do famoso discurso de Martin Luther King ("I have a dream..."), com a diferença de que Obama, com o seu slogan, incluiu o "coração" da nação.

Então, acredito que a diferença principal é essa: entre aqueles que dominam a técnica (natural ou elaboradamente) e conhecem as leis que regem a persuasão e aqueles que ficam só no campo do convencimento.

Ser uma pessoa persuasiva no mundo dos negócios é mais difícil e exige mais do profissional?

Por um lado é, sim, mais difícil no mundo dos negócios agir de maneira persuasiva, porque o grande desafio que se impõe é o de pensar na comunicação, saber verdadeiramente quais são as motivações dos colaboradores e atuar positivamente sobre elas. Ou, como preferem os especialistas, "pensar fora da caixa". É a principal diferença entre chefia e liderança. Os chefes mandam, convencem no campo das ideias. São efêmeros. Passageiros. Já os líderes do século XXI usam a persuasão como elos de uma corrente, somando com suas equipes para formar relacionamentos sólidos, parcerias, etc. Ou seja, falam à emoção e constroem os sonhos junto com as pessoas.

Alguns autores inclusive afirmam que nós não confiamos muito nas pessoas que não têm poder de influência ou de persuasão, no sentido que intuitivamente as consideraríamos como "fracas" ou "sem poder". Assim como influenciamos, também gostamos de ser bem influenciados. Quem nunca pediu a referência de um médico, de um restaurante ou de uma escola para outras pessoas? A quem recorremos nestas horas? Não é aos nossos amigos e/ou especialistas no assunto?

Como a persuasão pode ser útil no mundo corporativo?

No mundo corporativo, posso citar como exemplo a questão das vendas. Os "profissionais" que só tiram pedidos e que mal conhecem seus compradores estão no campo do convencimento. É a famosa venda de um dia. Já os profissionais de alta performance se preocupam em agregar valor às vendas, mas um valor que seja valor para o comprador e não para ele. Além disso, se interessam verdadeiramente pelo destino dos negócios dos agora parceiros, e atuam para o sucesso deles. Esses têm em mente estabelecer vínculos de valor, duradouros. Estas são as vendas de 10 anos. Resultado? Mais vendas, mais negócios e relacionamentos comerciais embasados em valores. Nunca é demais lembrar aquela máxima de que as pessoas não se importam tanto com aquilo que você sabe, conquanto percebam, de fato, o quanto você verdadeiramente se importa com elas (Dale Cornegie). Este é o primeiro princípio da persuasão.

Quais são as maiores armas a serviço da persuasão e como aprimorá-las?

O interesse verdadeiro; descobrir a real intenção das pessoas e, a partir disso, apoiar e ajudar para que elas consigam seu intento, indo além das simples necessidades. O desafio aqui é descobrir se alguém, ou algum dos grandes personagens na História ou no mundo corporativo, teve sucesso sozinho. Gates, Jobs, Rockfeller e tantos outros não chegaram lá por si sós. É só pesquisar. E, ao usar a internet, investigue sobre ela também...

Mas é fundamental também desenvolver a competência de perguntar. Se esta já é uma habilidade "nata" do profissional, ótimo, é hora de desenvolvê-la ainda mais. Porque são as perguntas certas, pensadas e repensadas, no sentido de participar do sucesso dos outros, é que vão levar alguém a um nível mais alto de persuasão. Se a intenção é diferente, as palavras também devem o ser. Assim, persuasão é comprometimento, uma palavra que tem força. Convencimento é apenas envolvimento: uma palavra que, até pelo modo como nós a pronunciamos e no sentido em que a usamos, denota claramente fraqueza e impotência. Faz muita diferença estar envolvido em um processo de venda e ser um profissional comprometido com o sucesso do seu cliente a partir de suas vendas.

Porque é muito diferente o vendedor/negociador saber que seu cliente vai aumentar a sua loja e chega dizendo: "Quantas máquinas novas você vai comprar?". E outra coisa é perguntar: "Que planos você faz em relação a essa ampliação?". É fácil perceber que, no primeiro caso, o vendedor/negociador quer mesmo é "empurrar" e fechar logo a venda. E, se tiver sorte, vai tirar o pedido em cima de uma venda única. Já no segundo caso, o cliente vai partilhar seus sonhos e objetivos com o vendedor persuasivo (ou consultivo, como alguns autores preferem). Qual dos dois terá mais chance de fazer mais vendas ao longo do tempo? Parece óbvio. É aquela história: existem profissionais no mercado (inclusive gestores) que preferem ver a árvore. Os persuasivos, sem sombra de dúvida, escolhem ver a floresta.
Fonte: Revista Administradores

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Empresa é condenada por violar intimidade do trabalhador.

Após ter sido submetido a um procedimento cirúrgico, um trabalhador da Labs Cardiolabs, de exames complementares, passou a ser alvo de brincadeiras ofensivas e insinuações quanto à sua sexualidade por parte de seus superiores hierárquicos.

O comportamento adotado pelos superiores do reclamante rendeu a condenação da empresa em R$ 5 mil por dano moral, conforme entendimento da 1ª Turma do TRT/RJ.

Para o relator do acórdão, desembargador Gustavo Tadeu Alkmim, configura dano moral, por violar a intimidade do trabalhador, o comportamento abusivo e inadequado de superiores hierárquicos fazendo brincadeiras desabonadoras em relação à cirurgia a qual o autor havia se submetido.

Em sua defesa, a empresa afirma que a chefia do trabalhador jamais divulgou ou fez qualquer tipo de brincadeira em relação ao exame, entretanto, de acordo com o relator, uma das testemunhas demonstrou, em depoimento, ter presenciado o comportamento inadequado do supervisor. A testemunha revelou ainda que o chefe sugeriu um relacionamento homossexual entre os dois.

O desembargador prossegue: “Assim, não há como não admitir que as circunstâncias que envolveram o reclamante e seus superiores hierárquicos, tal como descrita pela referida testemunha, não tenha deixado consequências danosas à reputação, à autoridade, ao pudor, à segurança e tranquilidade, ao amor-próprio, à integridade de inteligência e de sentimentos, do recorrente”.
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 1ª Região Rio de Janeiro

terça-feira, 19 de julho de 2011

Meio Ambiente - Desafio ao mercado mundial

A economia ecológica garante sustentabilidade ambiental, segurança alimentar e relações de trabalho mais justas.

A economia verde ou ecológica, movimento que começa a ganhar corpo em meados dos anos 1990, surge como um denominador comum capaz de solucionar um dos principais desafios deste milênio: como conciliar crescimento econômico, preservação ambiental, erradicação da pobreza e da fome num mundo superpovoado. A projeção é de que, ainda na metade deste século, o mundo atinja 8,5 milhões de pessoas.

Da revolução verde dos anos 1970, passando pela melhoria genética de sementes, até o uso das tecnologias sociais, é possível observar que a segurança alimentar constitui uma preocupação mundial, principalmente nas regiões secas do mundo. Essas áreas "compreendem 40% do território global, 30% da população e mais da metade da pobreza do mundo", pontua o economista e professor, Antônio Rocha Magalhães, reclamando que esses territórios merecem atenção especial, citando o exemplo do semiárido brasileiro e dos países pobres da África.

O desafio se torna ainda maior quando projeções mais ousados apontam para a possibilidade da transformação da economia global em verde, como forma de promover o desenvolvimento sustentável. "Sim, essa transformação é possível", responde o economista Maurício Poblete, completando que a mudança demanda tempo e dinheiro, além, é claro, de vontade política. "Se essa transformação não ocorrer, estaremos fadados a inúmeros problemas ambientais que afetarão toda a humanidade", projeta.

Mas, não é tarefa fácil, uma vez que existem elementos de diversas ordens envolvidos, sendo a questão monetária uma das principais. É o caso da Organização Mundial do Comércio (OMC), que tem o papel de regular o mercado transacional.

Na opinião do especialista, "o principal problema que pode afetar a transição da economia marrom para a economia verde são as medidas protecionistas aplicadas pelas nações com o objetivo de proteger o mercado interno". O custo com a economia verde representa um dos entraves, fazendo com que o economista pondere "uma discussão se deve ao fato de que medidas econômicas com o intuito de substituição de energias fósseis por energias renováveis demanda grandes custos".

Pagar sozinho

Isso significa que os países desenvolvidos já exploraram suas reservas e florestas. E as que restaram se encontram nos países em desenvolvimento que não querem pagar a conta sozinhos. "Tudo se resume a quem vai pagar a conta da mudança".

O professor Rocha Magalhães aponta três desafios para a consolidação da economia verde, tanto no âmbito global quanto no Brasil. Primeiro, a transição exige reformas e mudanças no modo de produção atual, incluindo novos investimentos. E, claro, os setores que lucram com a atual produção resistem às mudanças. Em segundo lugar, as tecnologias atuais precisam mudar para outras mais limpas, não poluentes.

O último ponto diz respeito à necessidade de que sejam feitas mudanças significativa nas instituições a fim de garantir essa transição. "As políticas de sustentabilidade devem se tornar mais centrais, e não secundárias como ainda são consideradas atualmente", defende o pesquisador, para quem as tecnologias sociais são partes da solução, desde que sejam sustentáveis nos aspectos ambiental, social e econômico.

Semiárido

Rocha Magalhães considera que a saída tanto para o semiárido nordestino, quanto em outros semiáridos, é caminhar para a economia verde. Ou seja, "para um cenário em que todas as intervenções humanas sejam, no mínimo, neutras em relação aos impactos ambientais adversos como a emissão de gases de efeito estufa, poluição do ar, água e solo. Nesse sentido, sugere que as estratégias de desenvolvimento da agricultura irrigada, de sequeiro, da produção de energia, do uso do solo urbano e de todos os tipos de intervenção humana que impactam sobre a base dos recursos naturais sejam repensadas.

Quanto ao custo, explica que deve ser analisado individualmente. "Há áreas em que a economia verde pode representar um ganho; e outras, por sua vez, em que os ganhos serão menores". De qualquer maneira, quando comparado com o Produto Interno Bruto (PIB), como fez o Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), os investimentos adicionais não parecem "astronômicos".

A segurança alimentar é outro ponto a ser considerado, sobretudo, no contexto das mudanças climáticas. Daí a importância de implementação de políticas agrícolas em consonância com a economia verde. O Brasil não vem fazendo o dever de casa quando o assunto é política agrícola e sustentabilidade econômica. "As políticas não são suficientes", critica.

Como ainda é insuficiente também o consumo de produtos verdes restrito às classes mais abastardas, devido aos altos preços, lamenta Josael Lima, economista-ecologista- e presidente do Instituto Ambiental Viramundo. Considera essencial no processo, a transformação das populações das comunidades marginalizadas em "sujeitos" nos projetos locais de produção sustentável.

Crise europeia

A crise pela qual passa a União Europeia (UE), pondo em xeque sólidas economias, pode ser considerada um sinal de que essa nova ordem econômica mundial precisa ser repensada, entrando em cena os chamados países emergentes, entre os quais despontam Brasil, Índia e China (Brics). Nesse contexto, o Brasil pode ser considerado um exemplo no investimento em energias renováveis.

Exceto alguns problemas políticos, a China vem trocando sua matriz energética do carvão para fontes renováveis, mas todos estão longe de ser um exemplo no aspecto da inclusão social. "Não podemos esquecer que a sustentabilidade tem três pilares: o ambiental, o econômico e o social".

Fique por dentro

Rio + 20: Decisão

A Rio+20, reunião que acontece em maio do próximo ano, no Rio de Janeiro, 20 anos após a realização da Eco-92, está sendo aguardada com muita expectativa. Além de reunir dirigentes de nações do mundo todo, o evento pretende sair da discussão e partir para a ação. Ou seja, criar um pacto para a viabilização da economia verde como forma de pensar o desenvolvimento do Planeta de forma sustentável. Hoje, há compreensão de que o aquecimento global é um fato, daí o cenário da Rio20 ser diferente da Eco-92. Até lá, estão sendo realizadas reuniões preparatórias, a exemplo de Icid18, realizada em agosto do ano passado, em Fortaleza. A reunião trouxe à tona a discussão em torno das regiões discussão em torno das regiões secas do mundo.
Fonte: Diário do Nordeste

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Acidentes de trabalho crescem 30% em doze meses em Marília.

OS ACIDENTES de trabalho registrados em Marília cresceram 30,2% no ano de 2010, segundo informou o Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador).

De acordo com os dados, no ano passado foram registrados 2.003 casos entre acidentes leves e fatais. Em 2009, esse número foi bem menor, de 1.538.

Para a psicóloga do Cerest, Daniela Maia Veríssimo, o número atingido no ano passado ainda é baixo, se considerarmos as subnotificações existentes. “Ainda existem casos em que o trabalhador não comunica”, lamentou.

Segundo os dados, a faixa-etária que mais se registrou acidentes é entre os 20 e 24 anos. Essa idade representa 18,1%, equivalente a um total de 362 acidentes. “O número é maior porque essa é a idade produtiva, onde se registra um número maior de pessoas ingressando no mercado de trabalho”, disse a Técnica em Segurança do Trabalho, Emilene de Oliveira.

É o caso do metalúrgico Ricardo Colletta Amorim, de 22 anos, que sofreu um acidente de trabalho há pouco mais de um mês. Trabalhando há menos de seis meses numa empresa que monta equipamentos para colheita de café, ele perdeu metade do dedo indicador enquanto dava manutenção em um equipamento. “A máquina estava com a engrenagem frouxa e quando fui pegar uma porca a corrente acertou meu dedo”, explicou. Porém, Ricardo denuncia que além de não ter tido assistência durante o período, ele trabalhou esse tempo todo sem registro. “Foi difícil conseguir que a empresa pagasse pelo menos os remédios para o tratamento”, contou.

A psicóloga do Cerest explica que o trabalhador que não for registrado não tem direito à auxílio doença, caso precise, e nem a estabilidade de um ano depois de sofrer um acidente grave. “Por isso que devem denunciar e evitar trabalhar sem registro, ainda mais em áreas em que o risco de acidentes é grande, como em metalúrgicas ou indústrias”, disse Daniela.

Marília é conhecida pelo seu pólo industrial e por concentrar grandes indústrias alimentícias. O número de funcionários que elas empregam, talvez, explique a liderança no número de acidentes de trabalhos registrados entre todos os ramos de atividades. Em 2010, aconteceram 606 acidentes, ou 30% do total. Na sequência aparece a construção civil, com 221 acidentes.

Os acidentes registrados entre homens é três vezes maior em comparação às mulheres. Foram 1.480 contra 523 acidentes entre as mulheres.

A psicóloga do Cerest afirma que todos os casos podem e devem ser evitados. Ela cita como exemplo os trabalhadores que ficam horas sem descanso durante a jornada, a pressão pelo aumento da produção e carga intensa de produção. “São fatores que levam ao acidente de trabalho e que as empresas, na maioria das vezes, não prestam atenção. Entre os acidentes podemos citar as doenças ocupacionais como lesões por esforço repetitivo, depressão, entre outros. Tudo isso pode ser em decorrência do trabalho”, ressalta Daniela.
 
2011 já registra três mortes e 885 acidentes de trabalho.

Os dados são referentes de janeiro à maio de 2011. De acordo com a triagem feita pela unidade, do total, 635 foram registrados na própria empresa, 122 são doenças ocupacionais e 128 foram no trajeto entre o trabalho e a casa do funcionário.

Outro dado importante e, que a técnica em segurança do trabalho do Cerest destaca, é o número de mortes no município. “Somente este ano já foram registrados três casos fatais. É um número alto, se levarmos em conta que durante os 12 meses do ano passado, foram cinco”, explicou Emilene de Oliveira.

Se considerarmos a média de acidentes nos cinco primeiros meses, que foi de 177, este ano irá terminar com um número maior de notificações que 2010, quando a média por mês foi de 166 acidentes.

Segundo o Finat (Ficha de Notificação ao Acidentado no Trabalho), em 2010 foram registradas duas mortes por traumatismo craniano e três por politraumatismo.
Fonte: Correio Mariliense

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Antes de entrar no elevador…

Por: Dr. Luiz Roberto Gonçalves Fava

Alguma vez você já imaginou utilizar um elevador que, ao entrar, começasse a tocar uma música? Não?

Então, imagine. Você mora ou trabalha em um edifício dotado deste tipo de elevador. No primeiro dia, você entra e começa a tocar:

Eu nasci assim, vou viver assim, vou morrer assim…

No segundo dia, você entra e começa a tocar:

Deixa a vida me levar, vida leva eu…

Já no terceiro dia, ao entrar, a música que toca é:

Todo dia ela faz tudo sempre igual…

No quarto, quinto sexto dias e, em todos os outros dias, uma destas músicas estará tocando quando você entrar no elevador. E, depois de alguns dias, você acaba se enchendo de tanto ouvir tocá-las.

Mas, pergunto-lhe; você parou para pensar sobre isso? Qual a razão para escutar sempre as mesmas músicas?

Na minha opinião, a resposta está naquela tabuleta que diz:

ANTES DE ENTRAR NO ELEVADOR, VERIFIQUE SE O MESMO ENCONTRA-SE PARADO NESTE ANDAR.

Todos os dias, você abra a porta do elevador e quem está lhe esperando? O MESMO. Todos os dias, trinta dias por mês, doze meses por ano, ele está ali, esperando por você.
E o que você faz? Nada, porque você não o percebe.
O MESMO já faz parte da sua vida.
Este O MESMO nada mais é do que a sua própria rotina. Rotina repleta de monotonia (maneira de se viver sem alteração de hábitos, viver de forma uniforme e sem variação) e mesmice (marasmo, inatividade, pasmaceira) que permeia o seu dia-a-dia, o seu cotidiano, aquilo que você faz todos os dias.
Infelizmente a rotina faz parte da vida de qualquer Ser Humano. Cada pessoa vive, trabalha, constitui família, etc. baseada em seus valores, crenças, princípios, que vão sendo desenvolvidos durante o seu viver.
A mesmice tira das pessoas oportunidades para melhorar sua vida, chances de descobrir coisas novas, seja através de seu poder de criatividade e inovação, seja através de outras pessoas, diminuição da sua vontade de aprender e muito, muito medo de enfrentar o novo. E isso pode levar a pessoa a se considerar uma fracassada.
Jorge Saitori afirma que “muitas vezes o fracasso é criado de forma íntima, ele não ocorre por fatores externos e sim por condições internas, onde o produtor ou fracassado tem uma série de condicionamentos e vícios de conduta. Não escolhe para si e nem por si. Não toma decisões, percorre o caminho do muro e quase sempre vive recuado, enraizado na sua zona de conforto. O fracassado se apega a valores momentâneos, deposita a sua segurança na ilusão de que está tudo bem. Mudança é um termo assustador, por mais hostil e infernal que esteja o cenário”.
Por isso, muitas vezes, as pessoas continuam a cometer os mesmos erros dos seus pais. Veja o exemplo citado por Simon Franco em seu livro Criando o próprio futuro (editora Futura). Nele, o autor relata um fato, verdadeiro ou não, que se passou no dia de Ação de Graças, um dos dias mais importantes nos Estados Unidos.
Neste dia, uma família de quatro gerações (filha, mãe, avó e bisavó) se reuniu para tal celebração onde, por tradição serve-se peru.

Estando presente uma reporte, esta estranhou o fato do peru ter sido assado em duas metades, e não inteiro, como é o normal.
A repórter, então, perguntou à filha o porquê do peru ter sido assado em duas partes.
- Aprendi com minha mãe.
A repórter fez a mesma pergunta à mãe.
- Aprendi com minha mãe.
Intrigada, questionou a avó.
- Aprendi com a minha mãe.
Em vez de perguntar à bisavó, ela resolveu fazer uma pesquisa sobre o fato e descobriu que, na época da bisavó, os fornos eram muito pequenos e não havia espaço suficiente para assar o peru inteiro.
Em contrapartida, veja o que nos ensina este conto budista.
Uma vez, em um templo budista, o mestre reuniu seus discípulos em uma sala e colocou em cima da mesa um lindo vaso da mais fina porcelana chinesa repleto de flores amarelas lindíssimas, dizendo a eles:
- Este lindo vaso e estas lindas flores são o problema.
Todos os discípulos ficaram atônitos e sem reação. Como aquele conjunto de beleza ímpar poderia ser um problema?O que o mestre queria dizer com aquelas palavras?
De repente, um dos discípulos levantou-se e, com sua espada em punho, dirigiu-se à mesa e, com um único golpe, destruiu o vaso e as flores.
Os outros discípulos começaram a levantar a voz e a xingar o colega e, quando os ânimos iam se exaltar, o mestre falou:

- Calma, calma, Ele fez o certo. Eu disse que o caso e as flores eram o problema e ele agiu de forma correta, destruindo o problema.
Este monge iniciante não teve medo de enfrentar a situação. Ele sabia que iria destruir algo muito bonito, mas usou o medo a seu favor, isto é, fez do medo o seu aliado para mudar alguma coisa. Ele teve atitude enquanto seus colegas permaneceram na mesmice.
Voltando, agora, ao início deste texto. Você sabe o que é o elevador? O elevador é apenas a sua própria mente e seus próprios pensamentos. Eles é que podem fazer você descer (quem sabe até o fundo do poço), ficar parado, estagnado, ou levá-lo a patamares (andares) mais altos.
Quem sabe as dicas abaixo o (a) ajudem a vencer o medo e a monotonia:
◦ assuma a responsabilidade pela mesmice que está a sua vida: você é o responsável por este estado de coisas;

◦ acredite que sua vida pode mudar. Aprenda a sonhar e pare de dizer “é impossível”;

◦ esclareça para si mesmo o que você realmente quer. Estabeleça metas e objetivos.

◦ nunca espere pelas circunstâncias ideais. Tire seu traseiro da cadeira e pare de dizer “quando as coisas melhorarem…”

◦ tenha equilíbrio para vencer eventuais frustrações. Não se pode vencer em 100% das vezes.

◦ aprenda a lidar com a inveja gerada pelo seu desempenho, lembrando sempre da seguinte frase: “desejo saúde e vida longa aos meus inimigos, para que assistam de pé a minha vitória”.

◦ tenha sempre em mente que o sucesso alcançado hoje, amanhã será passado. Não se deixe “contaminar” por ele. Lembre-se que tudo que sobe, cai. E quanto mais sobe maior a queda.

Gil Gabrielli, em seu texto Pessoas do século 21, empresas do século 20 (Revista Você S. A., maio 2011) afirma que “o espírito de nosso tempo é a magnificência de fazer coisas que mudam o mundo! É a era das grandes verdades, da inteligência universal, do livre arbítrio, da autoridade moral, das idéias transformadoras e da ciência dentro da espiritualidade”.

E para que você se inspire um pouco mais, deixo a apresentação abaixo.
Fonte: O Gerente

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Umidade relativa do ar despenca e cidade está em estado de atenção.

Marília atingiu na tarde de ontem umidade relativa do ar abaixo de 30%, volume que na escala definida pela ONU (Organização das Nações Unidas) coloca a cidade em estado de atenção.

Por volta das 15 horas o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos climáticos), órgão ligado ao Inpe (Instituto de Pesquisas Espaciais) indicou umidade relativa de 25% em Marília.

O clima seco favorece queimadas, doenças infecciosas e alergias.

Somente após às 18h30, a umidade relativa aumentou para índices acima de 30%.

Como a cidade não conta com uma estação meteorológica oficial, a aferição do Inpe considera parâmetros medidos nas estações de Presidente Prudente e Bauru. Com base em informações sobre o movimento do ar, temperatura, altitude, entre outros, o instituto que abrange todo o país aponta a umidade nos municípios.

Os dados do Cptec podem ser conferidos em tempo real, por meio do site do órgão (http://www.cptec.inpe.br/). A previsão é de que a umidade relativa em Marília continue próxima e abaixo de 30% nesta quinta-feira. A probabilidade de chuva é estimada em apenas 5%. O otorrinolaringologista Alfredo Dell’aringa, chefe da disciplina na Famema (Faculdade de Medicina de Marília), explica que a baixa umidade do ar promove o ressecamento das vias aéreas, provocando sensação imediata de desconforto. Para quem sofre com algum tipo de alergia, o desconforto é agravado em forma de vários sintomas, que variam de acordo com a doença. “Pode ocorrer coriza, dores de cabeça, tosse, falta de ar, entre outros sintomas”, afirma o médico.

Os idosos e as crianças são os mais castigados pelas doenças típicas do período.

As crianças sofrem com as alergias, já os idosos podem até ser alvos fáceis de pneumonias e doenças graves. O médico também alerta que os diabéticos e hipertensos ficam mais suscetíveis aos sintomas e precisam reforçar a hidratação.

Além de muita água, uma forma de hidratação direta das vias aéreas é o uso de soro fisiológico. Neste caso Dell’aringa alerta que não é mais recomendada a aplicação em conta gotas. O ideal é o uso dos sprays, que devido a válvula não permitem contato do produto na embalagem com a contaminação do ar.

Mercado – A venda de umidificadores de ar já cresceram cerca de 35% no comércio de Marília. De acordo com o gerente comercial Gustavo Henrique Alves Paulino, que atua em uma das principais lojas de rede da cidade, os produtos custam entre R$ 130 e R$ 290 e tem venda garantida no período.

A redução dos custos está proliferando no mercado os climatizadores, que custam entre R$ 300 e R$ 600, tem a função de refrigerar e além de umidificar podem ser usados como aquecedores. “O cliente tem pesado, feito as contas e preferido o climatizador”, afirma Paulino.

A professora Eva Costa Macedo, que tem dois filhos (2 e dez anos), afirma que não fica sem o umidificador.

“Felizmente eles não tem nenhum problema respiratório, mas o desconforto é qrande.

Em dias como hoje, temos que manter ligado para melhorar o ambiente, senão ninguém dorme”, afirma a professora.
Fonte: Correio Mariliense

O EPI e o adicional de insalubridade no País.

O adicional de insalubridade está previsto constitucionalmente no art. 7º, XXIII e é devido aos trabalhadores que exerçam atividades ou operações insalubres ou aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza, da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos (art. 189 da CLT). Os limites de tolerância às atividades insalubres são fixados pela Norma Regulamentadora nº 15 do Ministério do Trabalho e Emprego. Ela determina quais são os limites de tolerância para: Ruído Contínuo ou Intermitente; Ruídos de Impacto; Exposição ao Calor; Radiações Ionizantes; Agentes Químicos; Poeiras Minerais; Trabalho sob Condições Hiperbáricas; Agentes Biológicos, Radiações Não Ionizantes; Vibrações; Frio e Umidade. Caso o trabalhador esteja em contato com agentes insalubres, ele terá direito à percepção do adicional de insalubridade, calculado sobre o salário-mínimo (consoante decisão recente do TST, no Recurso de Revista 146300-49.2008.5.02.0072, que entendeu que a base de cálculo do adicional de insalubridade é o salário-mínimo até que seja promulgada nova legislação que regre o assunto). Este percentual poderá equivaler a 40, 20 ou 10% do referido salário, conforme o grau de insalubridade da atividade: máximo, médio ou mínimo. Na prática forense, na grande maioria dos casos, a insalubridade é objeto de perícia.

Caso seja reconhecida judicialmente, o trabalhador fará jus ao pagamento do adicional pelo período em que laborou em situação insalubre. Destaque-se que não é necessário que o trabalhador permaneça por todo o período de labor em contato com o agente insalubre para que faça jus à percepção do adicional. O TST na Súmula 47 e a Seção de Dissídios Individuais na Orientação Jurisprudencial 4 reconheceram que o fato de o trabalhador executar suas atividades em condições insalubres intermitentemente não afastará o direito à percepção do adicional de insalubridade. O empregador, porém, poderá adotar medidas que, além de preservar a saúde dos trabalhadores, elidirão a necessidade do pagamento do referido adicional. Uma das medidas é fornecer Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). A CLT, no artigo 191, reconhece que a insalubridade poderá ser eliminada ou neutralizada mediante a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância, bem como pela utilização de equipamentos de proteção individual que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. Cessado o risco à saúde ou vida dos trabalhadores, o direito à percepção do adicional de insalubridade findará (Art. 194).

O equipamento de proteção individual deverá ser fornecido gratuitamente ao trabalhador, que será obrigado a utilizá-lo, responsabilizando-se por sua guarda e conservação. O empregado também deverá avisar ao empregador quando o mesmo apresentar quaisquer defeitos ou problemas. Os EPIs mais comuns são: protetores auriculares, luvas, máscaras, calçados, capacetes, óculos e vestimentas. Urge destacar que o próprio Tribunal Superior do Trabalho já se manifestou sobre o tema por diversas vezes. Particularmente na Súmula 80 reconhece que a eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do referido adicional.

No julgamento do Recurso de Revista 154700-90.2004.5.17.0002, o ministro Vieira de Mello Filho entendeu que verificado por perito que a exposição do empregado ao agente insalubre foi neutralizada com o uso de equipamentos corretos é indevido o pagamento do adicional (anteriormente o TRT da 17ª Região/ES havia condenado a Companhia Vale do Rio Doce a pagar o adicional por considerar que a mera neutralização da nocividade não era suficiente para afastar o direito do empregado ao adicional). Ressalve-se, contudo, que os equipamentos de proteção deverão ser suficientes para eliminar ou diminuir a intensidade do agente agressor. Em 2010, o TST manteve decisão do TRT da 2ª Região/SP, que concedeu ao empregado o pagamento do adicional mesmo com o fornecimento de EPIs pois, na avaliação do TRT, eles eram insuficientes para dar a garantia necessária ao empregado. A adoção de medidas de proteção é essencial à atividade empresarial e traz benefícios não só ao trabalhador, que terá resguardada sua integridade física, mas também à própria empresa que, além de não ter de pagar o adicional de insalubridade, certamente evitará a ocorrência de infortúnios, acidentes e doenças do trabalho.
Fonte: DCI

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dano moral: Tribunal defere indenização inédita na justiça do trabalho.

A 7ª Turma do TRT da 1ª Região, por maioria, acompanhou o voto prevalecente da desembargadora Rosana Salim Villela Travesedo e deferiu uma das maiores indenizações por dano moral que se tem notícia na Justiça do Trabalho à viúva e a duas filhas de um trabalhador falecido.

O acidente de trabalho aconteceu em 2006, na empresa Petroflex, quando o empregado, na ocasião com 46 anos, foi atingido por uma tela de meia tonelada. A peça se desprendeu ao ser içada, provocando traumatismo craniano e morte instantânea.

Os laudos técnicos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli concluíram que o acidente aconteceu pelo precário estado de conservação e falta de manutenção do equipamento e em razão deste não possuir trava de segurança, apesar de obrigatória pelas normas do trabalho.

A desembargadora Rosana Salim acolheu o recurso da família do trabalhador, aumentando a indenização julgada na primeira instância para R$ 422 mil reais por dano moral, além de pensão vitalícia, estimada em mais de 400 mil reais, para a viúva e para as filhas até a idade de 24 anos (conclusão do curso universitário).

Segundo a desembargadora, o trabalho mata mais do que as guerras, e os dados estatísticos relativos aos acidentes de trabalho são estímulos gritantes para que se volte um olhar atento sobre as condições em que, ainda hoje, desenvolve-se o trabalho no Brasil.

Para Rosana Salim, "as indenizações devem ser arbitradas de forma expressiva, de molde a desconstruir a cultura empresarial brasileira de menoscabo à vida do trabalhador, negligenciando as normas de proteção e segurança do trabalho, economizando às custas da vida humana".

"A decisão está em consonância com os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, o valor social do trabalho e a função social da propriedade empresarial. Doravante, as empresas irão se convencer de que o crime não compensa", concluiu a desembargadora.
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 1ª Região Rio de Janeiro

terça-feira, 12 de julho de 2011

Inclusão de deficientes no mercado de trabalho é desafio.

Às vésperas do aniversário de 20 anos da lei (publicada no dia 24 de julho de 1991) que obriga as empresas com cem ou mais empregados a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com portadores de deficiência, muitos empresários ainda continuam encontrando sérias dificuldades para o preenchimento dessas cotas. O motivo é a falta de profissionais capacitados em razão da carência de formação básica.

De acordo com as informações do último censo do IBGE, existem, no Brasil, aproximadamente 24,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, que representa um universo de 14,5% da população. Desses, 60% são analfabetos. Na opinião da advogada trabalhista e previdenciária do Cenofisco - Centro de Orientação Fiscal, Andreia Tassiane Antonacci, existe um desacordo entre a quantidade de vagas ofertadas no mercado pelas empresas, por imposição legal, e a falta de trabalhadores deficientes capacitados para preenchê-las­.

Segundo informações do último Rais, divulgado pelo Ministério do Trabalho em maio deste ano, entre os anos de 2007 e 2010, o número de trabalhadores com deficiência formalmente empregados caiu 12%. Aproximadamente 42,8 mil vagas para pessoas com deficiência foram fechadas. O relatório aponta que 348, 8 mil trabalhadores empregados no Brasil tinham alguma deficiência em 2007. No ano passado, esse número caiu para 306 mil. Contudo, o total de trabalhadores empregados formais no País passou de 37,6 milhões para 44,1 milhões.

Para Andreia Antonacci, essa desarmonia entre o crescimento do número de empregos formais e a redução das contratações de deficientes pode representar indícios de ilegalidade, uma vez que se as contratações aumentaram era de se esperar que o número de pessoas deficientes inclusas no mercado de trabalho também crescesse. "As causas da redução das contratações devem ser avaliadas com extrema urgência para revertemos essa situação", diz.

Andreia comenta ainda que os baixos salários comparados às aposentadorias também são uma barreira para o aumento das contratações das pessoas com deficiência. "Além disso, para agravar ainda mais a situação, muitas empresas afirmam que candidatos com deficiência não possuem qualificação necessária para assumir as vagas disponíveis ou que esses postos de trabalho são serviços que não podem ser executados por deficientes".
Fonte: Empresas & Negócios

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Terrenos baldios têm que ser limpos para evitar incêndios.

Em época de tempo seco, os terrenos baldios (que não foram limpos como deveriam) se tornam verdadeiras armadilhas para seus vizinhos. O mato alto e seco facilmente pega fogo e, dependendo da direção do vento, as chamas podem atingir as casas vizinhas, causando grandes danos.

Por isso, os responsáveis por esses terrenos têm a obrigação legal de manter suas propriedades limpas. Essa é a afirmação do tenente do Corpo de Bombeiros de Rio Claro, Kleber Moura de Oliveira. "Existem leis estadual e municipal que preveem punição para quem não age de acordo com a legislação", observa ele.

A autoridade esclarece ainda que, infelizmente, o Corpo de Bombeiros não tem poder de fiscalização nesse sentido. Ele aconselha que o ideal é que aceiros sejam preparados para que, em caso de incêndio, evitem que as chamas atinjam as casas ao lado do terreno.

Além do terreno baldio, as autoridades também redobram a atenção no que diz respeito à soltura de balões, prática comum nesta época do ano. O poder de destruição, caso um balão caia em uma mata, pode ser devastador e incalculável. "O vento forte e o tempo seco servem como alimento", pontua Kleber Moura.

Na cidade, os danos também são grandes. Caso a tocha do balão atinja uma estrutura de madeira, como alguns telhados ainda existentes, as chamas se espalham rapidamente.

Apesar da ilegalidade, é comum notar, até mesmo nas páginas de relacionamentos, grupos organizados trocarem informações e marcarem encontros para a soltura dos balões. Segundo a legislação, quem fabrica, comercializa, transporta e solta os balões pode ser responsabilizado pela lei.
Fonte: JC Rio Claro

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Trabalhador é demitido por justa causa depois de dirigir caminhão da empresa bêbado.

O "Relatório Global 2011 sobre Álcool e Saúde" da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que quase 4% de todas as mortes no mundo estão associadas ao consumo de álcool. Essa porcentagem de mortes é maior, por exemplo, do que a de óbitos causados pelo vírus HIV, violência e tuberculose.

Segundo o documento, o consumo de bebidas alcoólicas ainda está relacionado a várias questões sociais sérias, como violência familiar e dificuldades no ambiente de trabalho.
Em julgamento recente, a Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho analisou o caso de um motorista demitido por justa causa depois de ter sido flagrado dirigindo um caminhão da empresa em que trabalhava em estado de embriaguez. Como penalidade, ele perdeu sete pontos na carteira de motorista, e o empregador teve que arcar com o pagamento de multa no valor de R$ 957,69.

A Pradozem – Comércio, Serviços e Transporte pediu ao TST que lhe fosse garantido o direito de demitir o ex-empregado, com um ano de serviços prestados, por justa causa, como havia decidido a sentença de origem.

O problema para a empresa foi que, ao examinar o processo, o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) concluiu que a embriaguez do empregado teve como causa o desgaste físico e mental pela excessiva jornada de trabalho.

Para o TRT, a empresa foi negligente em relação ao contrato de trabalho do ex-empregado, e a infração de trânsito não podia ser considerada como motivo para demissão justificada. Embora reconheça que a conduta do trabalhador tenha sido reprovável, o Regional também entendeu que o ocorrido não justificava a aplicação da pena de justa causa. Por essas razões, declarou que a rescisão do contrato foi imotivada, sendo devido ao ex-empregado o pagamento de aviso prévio, férias, 13º salário e FGTS com acréscimo de 40%.

Entretanto, o relator e presidente da Quinta Turma, ministro João Batista Brito Pereira, destacou que a decisão do TRT 4 desrespeitara o comando do artigo 482, letra "f", da Consolidação das Leis do Trabalho, que aponta a embriaguez habitual ou em serviço como um dos motivos para a dispensa por justa causa. O relator, então, deu razão à empresa para reconhecer a validade da rescisão do contrato por justa causa.

Como os demais ministros da Turma concordaram com o relator, na prática, significa que a empresa não terá que pagar determinadas diferenças salariais que o trabalhador teria direito se a demissão houvesse sido sem justa causa.
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

Gafes virtuais: saiba o que pode comprometer sua carreira no mundo online.

Descuidar da reputação e não saber como tratar os contatos são alguns dos principais problemas, dizem especialistas.

Que a tecnologia entrou definitivamente na vida das pessoas, é fato. O problema é que como esta inserção é algo relativamente novo, as pessoas ainda estão aprendendo o que é certo e errado quando se trata do assunto.

No que diz respeito à relação da tecnologia com o mundo profissional, especialistas da Robert Half International dão algumas dicas:

Fique de olho na reputação: já é sabido por todos que o que se posta na web fica para sempre. Portanto, é preciso bom senso na hora de escolher o que irá colocar na rede, pois é preciso cuidar da reputação. Assim, pense duas vezes antes de postar algo ou publicar uma foto mais ousada, por exemplo;

Não deixe espaços em branco: atualmente, a maior parte das empresas recorrem às redes sociais para pesquisar sobre possíveis novos funcionários. Portanto, se escolheu fazer parte de uma rede, sobretudo o Linkedin – que é focada nas relações profissionais – não deixe informações incompletas e aproveite ao máximo para mostrar o seu potencial, o que você procura em um emprego, e sua evolução na carreira até o momento;

Contatos: o contato que você mantém nas redes são cada vez mais importantes na busca por uma nova oportunidade. Portanto, seja cuidadoso e procure não fazer vários pedidos às pessoas, por exemplo. Além disso, procure retribuir favores.
 
Outras situações

Os especialistas da Robert Half International lembram ainda que é preciso atenção ao utilizar a tecnologia em outras situações envolvendo o mundo do trabalho.

Ao responder e-mails, por exemplo, lembre-se de revisá-lo e evitar erros, abreviações e gírias, pois, apesar de se tratar de uma comunicação mais informal, algumas regras devem ser respeitadas.

Além disso, ao participar de uma entrevista ou reunião, lembre-se de desligar o celular, evitando, assim, passar uma imagem negativa ao interlocutor.

Por fim, ao utilizar a internet para a realização de reuniões, por exemplo, verifique se todos os aparelhos estão funcionando bem e evite situações desagradáveis.
Fonte: Infomoney

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Fornecedor de botijão é responsável por incêndio.

O fornecedor de botijão de gás responde pelos danos, inclusive morais, por acidente de consumo decorrente da venda e instalação do produto em que houve vazamento de gás e causou incêndio. O entendimento é da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Rondônia, que condenou duas empresas a pagar 15 salários mínimos por danos morais, mais cerca de R$ 54 mil para reparação material e outros quatro salários para compensar o tempo em que a costureira ficou sem trabalhar por conta do incêndio em sua residência, onde funcionava seu ateliê.

O juiz de primeiro grau havia negado o pedido da consumidora. O relator do processo na segunda instância, desembargador Roosevelt Queiroz Costa, alterou a sentença por considerar que foi demonstrado o nexo de causalidade entre o serviço prestado e o incêndio. "O próprio perito constatou que a válvula do botijão se fundiu com o calor, de onde se concluiu ser ali o local de origem do fogo", observou.

Segundo ele, a responsabilidade é dos fornecedores, pelo risco inerente de suas atividades, por defeito do botijão de gás, na prestação do serviço de instalação da botija, e no teste de instalação comprometedor da segurança (isqueiro).

Na decisão, foram juntados julgamentos feitos pelo Superior Tribunal de Justiça. Um trata do vazamento causado por defeito de duto de alimentação de combustível de automóvel; e o outro, um incêndio residencial sem vítimas, causado por defeito em aquecedor. Em ambos os casos os fornecedores foram responsabilizados e arbitrada indenização pela Justiça.

Os desembargadores Marcos Alaor Diniz Grangeia e Alexandre Miguel acompanharam o voto do relator.
Fonte: Consultor Jurídico

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Empresa é condenada em R$ 100 mil reais por acordo prejudicial a empregados.

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou a Siciliano S.A. em R$ 100 mil por dano moral coletivo, por coação, devido a aditivo que modificou acordo coletivo sem a autorização do sindicato da categoria.

O aditivo, negociado diretamente com os empregados, alterou de modo prejudicial a fórmula de cálculo para o pagamento aos trabalhadores da participação nos resultados da empresa.

O processo é uma ação civil publica ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho e, ao julgar recurso de revista, a Primeira Turma do TST alterou decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) que negou a indenização por dano moral coletivo.

O TRT reconheceu o prejuízo e a coação, com a ameaça da perda de emprego, na celebração do aditivo, mas se limitou a condenar a Siciliano ao pagamento das diferenças das parcelas referentes à participação dos resultados.

O Ministério Público ajuizou a ação civil pública com base em denúncia de que a Siciliano teria forçado os empregados a aceitar o aditivo mesmo com a oposição do sindicato da categoria.

O acordo coletivo original, com a participação do sindicato, permitia, através de sistema de desdobramento das metas, que setores e empregados que alcançassem suas metas específicas tivessem direito à participação nos resultados, mesmo no caso de a empresa não alcançar a sua meta global.

O aditivo negociado com os empregados substituiu o critério de resultado para o de lucro, vinculando o pagamento à meta global da empresa, independentemente do trabalho de cada setor e de cada empregado.

"Com isso, ao contrário do ano de 2002, quando parte dos empregados recebeu a verba de participação dos resultados, no ano de 2003 nenhum empregado recebeu a parcela, diante da ausência de lucro da empresa", ressaltou a decisão do TRT.

O Tribunal Regional concluiu que a empresa se aproveitou do receio dos empregados de serem dispensados para obter seu consentimento para uma alteração "economicamente lesiva".

Para o Tribunal Regional, a atitude dos empregados foi "perfeitamente razoável" e previsível diante da dificuldade de obtenção de emprego atualmente. Mesmo assim, o TRT não aceitou o pedido de condenação por dano moral coletivo feito pelo Ministro Público, com o argumento de que, devido "ao limitado alcance da parcela objeto da ação e o número de empregados atingidos", não se poderia falar em "refração de lesão à sociedade com um todo".

Este entendimento não foi acolhido pela Primeira Turma. De acordo com o ministro Walmir Oliveira da Costa, relator do recurso do Ministério Público, a "prática de coação na relação de trabalho, amplamente demonstrada, constitui conduta das mais repreensíveis e intoleráveis, que, por cercear a liberdade de manifestação de vontade, atinge os valores mais caros, concernentes à dignidade da pessoa do trabalhador e ao direito de ser representado por seu sindicato de classe". E isso extrapola "o interesse jurídico meramente individual", e atinge toda "a coletividade de trabalhadores".

Com esses fundamentos, a Turma condenou a Siciliano ao pagamento de indenização, a título de dano moral coletivo, no valor de R$ 100 mil, a serem revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com base nos artigos. 5°, inciso X, da Constituição Federal, 186 do Código Civil e 8, parágrafo único, da Lei n° 8.078/90.
Fonte: Tribunal Superior do Trabalho

terça-feira, 5 de julho de 2011

Estabilização do aquecimento global está ligada à poluição do ar.

O rápido crescimento industrial da China ajudou a diminuir a velocidade do aquecimento global na última década, afirma um novo estudo americano divulgado nesta segunda-feira (4). Mas os gases do efeito estufa estão ganhando esta briga e a tendência é o aquecimento continuar.

Enquanto a década de 2000 foi considerada umas das mais quentes da história, a velocidade do aquecimento global foi refreada até 2009 e 2010, quando aconteceu o pico de temperatura. O motivo para esta aparente estabilização , de acordo com a pesquisa, foi o acréscimo de enxofre na atmosfera causado pelo aumento da queima de carvão na atividade industrial chinesa.

“A atividade humana pode tanto aquecer quanto esfriar o planeta. As pessoas normalmente focam no efeito de aquecimento do dióxido de carbono (CO2), mas durante a expansão econômica chinesa, houve um grande aumento de emissões de enxofre, que têm o efeito contrário,” explicou Rober K. Kaufmann, da Universidade de Boston, líder do estudo publicado na edição desta semana do periódico Proceedings of the National Academy of Science.

O consumo de carvão na China dobrou entre 2003 e 2007, e isso causou um aumento de 26% no consumo global do produto, de acordo com Kaufmann. O total é o mesmo do aumento mundial de uso de carvão dos 22 anos anteriores, disse: “O que levou 22 anos agora está levando quatro anos, e já começou num nível mais alto”.

Agora, o governo chinês disse reconhecer o impacto deste consumo em seu ambiente e na saúde de seus cidadãos, e estão instalando equipamentos para retirar as partículas de enxofre, explicou o estudioso.

O enxofre sai da atmosfera com relativa rapidez, enquanto o dióxido de carbono continua no ar por um longo período. Por causa disso, o aquecimento causado pelo CO2 está voltando a aparecer, explicou Kaufmann.

A Nasa e o NOAA (sigla em inglês para Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, dos Estados Unidos) ambos listaram 2010 como o ano mais quente já registrado, enquanto o Hadley Center, do Escritório Meteorológico Britânico diz que foi o segundo mais quente, após 1998.

Alguns cientistas já sugeriram que liberar compostos de enxofre na atmosfera poderia melhorar a mudança climática, por aumentar o volume de nuvens e neblina, que refletiriam a luz do sol, mas uma investigação mais profunda avaliou que essa não era uma boa ideia.

A injeção de enxofre para reduzir o aquecimento global poderia eliminar por completa a camada de ozônio em 70 anos, de acordo com uma análise do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica em Boulder, no Colorado. “As mudanças climáticas são uma ameaça real, mas é preciso mais estudo antes que a sociedade apele para soluções de geoengenharia,” afirmou Simone Tilmes, responsável pela análise.

De maneira geral, as temperaturas globais têm aumentado há mais de um século, desde que a Revolução Industrial começou a jogar mais gases como dióxido de carbono no ar. Mas já houve momentos de estabilização, como no pós-II Guerra Mundial, quando a produção industrial impulsionou as emissões de enxofre em várias partes do mundo, explicou Kaufmann.

Cientistas e ambientalistas do mundo todo estão preocupados com as consequências que o aumento de temperatura pode ter em todo o mundo, como secas, mudanças nos padrões de chuva, aumento de doenças tropicais e elevação do nível do mar.
Fonte: Portal iG